Short Game
O poder do jogo curto
No imaginário de muitos golfistas, vencer uma partida está relacionado a drives longos e potentes que cruzam o campo com precisão milimétrica.
Embora a potência seja uma qualidade admirável, ela raramente é o fator decisivo. A realidade é simples: a maior parte das tacadas de uma rodada acontece nos últimos 50 metros que separam a bola do buraco. Esse é o território do jogo curto — e é aqui que os torneios são vencidos ou perdidos.
O jogo curto é o conjunto de tacadas executadas a partir de uma curta distância do green, incluindo chips, pitches, tacadas de bunker próximas ao green e, claro, o putting.
Chip: tacada curta, baixa e controlada, projetada para fazer a bola rolar até o buraco.
Pitch: tacada mais alta e suave, com voo prolongado e pouco rolar após a aterrissagem.
Bunker shot: tacada feita de dentro da banca para sair e colocar a bola próxima ao buraco.
Putting: a tacada final, com o objetivo de embocar a bola no buraco.
O segredo está em entender que cada tipo de tacada tem um momento certo para ser usada, e essa decisão faz parte da estratégia do jogador.
Ao dedicar pelo menos 50% do tempo de prática ao jogo curto, você reduz erros, melhora a consistência e aumenta a confiança em campo. O segredo está em treinar com propósito, simulando situações reais de jogo, para que cada tacada se torne natural e precisa.
Por que ele decide torneios?

Estudos mostram que até 65% das tacadas de uma partida de golfe ocorrem a menos de 100 metros do buraco. É nesse espaço que a pressão aumenta e que cada erro custa caro.
Grandes campeões como Tiger Woods, Rory McIlroy e Seve Ballesteros construíram vitórias memoráveis graças ao jogo curto afiado. Eles sabiam que não adiantava chegar perto do green em duas tacadas se o terceiro golpe fosse mal executado.
Em torneios amadores, a diferença de pontuação entre jogadores com drives semelhantes é quase sempre determinada pela qualidade do jogo curto.
Erros mais comuns e como evitá-los!
Erro 1 – Escolher o taco errado
Usar sempre o mesmo taco para chips ou pitches é um erro. Cada situação pede um loft e um ângulo diferentes.
Erro 2 – Falta de rotina de treino específica
Muitos golfistas passam horas no driving range treinando tacadas longas e poucos minutos praticando putts ou chips.
Erro 3 – Medo de errar perto do green
A pressão para acertar gera rigidez muscular e perda de sensibilidade.
Erro 4 – Leitura errada do green
Subestimar ou superestimar a velocidade e a queda pode custar duas ou três tacadas a mais.

Técnicas essenciais para chips, pitches e putts
Chip: pés próximos, peso levemente à frente, punhos firmes e movimento curto. Foque em contato limpo e na escolha do ponto de aterrissagem.
Pitch: base levemente mais aberta, maior uso dos pulsos e loft para gerar altura. Ideal para superar obstáculos próximos.
Bunker shot: abra o taco, alinhe os pés levemente à esquerda e foque em entrar na areia antes da bola para criar sustentação.
Putting: mantenha a cabeça firme até ouvir a bola cair no buraco; a visão precoce do resultado é uma das principais causas de erro.
Aspecto mental e tomada de decisão
No jogo curto, o fator psicológico é determinante. É preciso manter a calma, mesmo após uma aproximação ruim. Um chip bem executado ou um putt decisivo podem salvar a rodada.
A tomada de decisão deve considerar o risco e a recompensa. Nem sempre a tacada mais agressiva é a melhor escolha; muitas vezes, garantir o par é mais inteligente que buscar um birdie arriscado.
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É um programa que transforma essa fase do jogo, ajudando o jogador a ser mais preciso, reduzir erros e aproveitar todas as oportunidades para salvar o par ou conquistar um birdie. Independentemente do seu nível, dominar o jogo curto é o caminho mais rápido para baixar seu handicap e jogar golfe em um patamar superior.

Por Marcelo Monteiro
Profissional de golfe há mais de 30 anos, com trajetória reconhecida no Brasil e no exterior. Mentor de atletas, gestor de torneios e incentivador do crescimento do esporte com foco em inclusão, excelência e mentalidade vencedora.
Este texto é de autoria exclusiva de Marcelo Monteiro. Todas as opiniões, reflexões e informações aqui expressas são de sua inteira responsabilidade.

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